Em 1932, um jovem alemão chamado Oskar Speck partiu de Hamburgo com um caiaque dobrável e um plano de remar até Chipre para trabalhar nas minas de cobre.
Ele nunca chegou lá.
Em vez disso, embarcou em uma odisseia de sete anos — uma jornada de 50.000 quilômetros que o levaria a metade do mundo.
Ele remou pelo Danúbio, pelo Vardar e pelo Golfo Pérsico, cruzando águas da Grécia, Síria, Iraque, Índia e Indonésia.
Ele lutou contra malária, roubos, tempestades e até mesmo ilhéus hostis.
Às vezes, ele sobrevivia apenas com cocos, sardinhas e gentileza — os moradores locais ficavam surpresos com o homem em um caiaque dobrável que simplesmente não desistia.
Em 1939, após sete anos no mar, Oskar finalmente chegou às águas australianas — desembarcando na Ilha Saibai, exausto, mas triunfante.
Mas assim que seus pés tocaram a areia, a notícia se espalhou: a Segunda Guerra Mundial havia começado.
Para os australianos, ele não era um aventureiro — era um cidadão alemão.
Eles o prenderam na hora.
Oskar passou os sete anos seguintes atrás de arame farpado, internado nos campos de Tatura e Loveday até 1946.
Quando a liberdade chegou, ele não retornou à Alemanha.
Ele ficou — minerando opalas em Lightning Ridge, construindo uma nova vida em silêncio, sem nunca perseguir a fama.
"Estou satisfeito", disse ele certa vez.
"Eu sei o que fiz."
Ele morreu em 1993, aos 86 anos — o homem que remou meio mundo, apenas para se encontrar em cativeiro na linha de chegada.
E ainda assim... ninguém jamais bateu seu recorde.
Fonte e Foto: Tráfego Aéreo Brasil
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