A política em Areal ganhou novos capítulos nesta semana. Um documento protocolado na Câmara Municipal pede a instauração de uma comissão processante para investigar o prefeito José Augusto Bernardes Lima, acusado de superfaturar mais de meio milhão de reais na compra de computadores para a rede municipal de ensino.
A denúncia foi apresentada por Vinícius José Gonçalves da Cunha e se baseia em uma investigação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que apontou indícios de sobrepreço na aquisição de 404 notebooks pela Secretaria Municipal de Educação.
De acordo com o relatório do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) do MPRJ, o valor de referência para cada equipamento seria de R$ 3.741,39, mas o município teria pago R$ 1.348,61 a mais por unidade, totalizando um superfaturamento de R$ 544.838,44.
Além da diferença de preços, o Ministério Público destacou que não houve justificativa técnica ou pesquisa de mercado adequada para sustentar a contratação. A recomendação nº 022/2024 do MPRJ também alertou o município sobre falhas graves nos processos de adesão a atas de registro de preços, pedindo revisão e maior transparência nas futuras aquisições.
Para o denunciante, o caso configura mau uso de recursos públicos e omissão do prefeito na defesa do patrimônio municipal. O pedido solicita o afastamento e possível cassação do mandato de José Augusto Bernardes Lima, com base no Decreto-Lei 201/1967, que prevê punição para gestores negligentes.
Agora, caberá aos vereadores de Areal decidir se acatam a denúncia e abrem oficialmente a Comissão Processante, o que pode resultar na suspensão temporária do prefeito enquanto a investigação avança.
Fonte e Foto: Web Rádio Piabanha
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