Em um estudo pré-clínico inovador, cientistas do Cedars-Sinai reverteram sinais de envelhecimento e da doença de Alzheimer em camundongos usando células imunológicas “jovens” cultivadas a partir de células-tronco adultas.
Essas células produzidas em laboratório, conhecidas como fagócitos mononucleares, foram infundidas em camundongos idosos e em modelos de Alzheimer, resultando em melhorias significativas na memória e na saúde cerebral.
Os camundongos tratados preservaram mais células musgosas — essenciais para aprendizado e memória — no hipocampo, e sua micróglia, as principais células imunológicas do cérebro, permaneceram mais saudáveis e funcionais em comparação com os camundongos não tratados.
Embora as células infundidas não tenham entrado diretamente no cérebro, os pesquisadores acreditam que elas possam ter desencadeado efeitos protetores de forma indireta — seja liberando proteínas antienvelhecimento, emitindo vesículas acessíveis ao cérebro ou absorvendo moléculas nocivas relacionadas ao envelhecimento na corrente sanguínea. A equipe agora busca descobrir o mecanismo exato por trás desses efeitos para desenvolver uma terapia personalizada e escalável.
Com o potencial ilimitado das células imunológicas derivadas de células-tronco, essa abordagem pode levar a uma nova classe de tratamentos para o declínio cognitivo relacionado à idade e para doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
Fonte: Moser, V.A., Dimas-Harms, L.J., Lipman, R.M., et al. (2025). Human iPSC-Derived Mononuclear Phagocytes Improve Cognition and Neural Health across Multiple Mouse Models of Aging and Alzheimer’s Disease. Advanced Science.
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