Em breve, poderemos não ter mais motivos para temer cobras
Um homem picado centenas de vezes por cobras ajudou cientistas a desenvolver um antiveneno revolucionário, capaz de neutralizar algumas das espécies mais mortais do mundo.
Por quase 20 anos, Tim Friede se expôs ao veneno de 16 espécies letais, desenvolvendo imunidade gradualmente. Os pesquisadores extraíram anticorpos especiais de seu sangue, capazes de bloquear os efeitos de diferentes venenos.
Eles combinaram dois desses anticorpos humanos com uma pequena molécula chamada varespladib, que também neutraliza toxinas. Essa mistura protegeu camundongos contra o veneno de 13 das 19 espécies testadas, incluindo a mamba-negra, a cobra-real e a taipan. Nas outras seis, houve proteção parcial.
Essa abordagem é um avanço em relação aos antivenenos atuais, feitos a partir de sangue de cavalos ou ovelhas e eficazes apenas contra espécies específicas. O novo método pode levar a um tratamento universal, mais seguro e eficaz, sem os efeitos colaterais dos antídotos derivados de animais.
Os próximos testes serão em cães picados na Austrália, com planos de incluir víboras, outro grupo perigoso. Se der certo, o objetivo é disponibilizar o tratamento em larga escala, especialmente em regiões pobres, onde picadas são comuns e os tratamentos atuais são escassos. Os pesquisadores também planejam uma versão focada em víboras, responsáveis pela maioria das mortes por picadas no mundo.
Fonte e foto: Mente desbloqueada
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