
Interventor recebeu em março doação de armas às polícias do Rio
O GIF (Gabinete de Intervenção Federal) informou nesta quinta-feira (26) que está
realizando licitações para comprar cerca de 11 mil armas (fuzis, pistolas e
espingardas), 24 mil coletes à prova de balas e 1.350 veículos, entre outros itens,
para reequipar a polícia do Rio de Janeiro. São ao todo 70 processos de licitação
que envolvem o investimento de R$ 550 milhões, quase metade da verba
federal destinada à intervenção.
O reequipamento das polícias Civil e Militar é uma das principais estratégias do
interventor Walter Braga Netto para tentar melhorar a segurança pública no Rio.
Quando assumiram a segurança do estado em fevereiro, eles encontraram um
cenário de equipamentos deteriorados, carros de polícia quebrados e policiais que
não tinham coletes à prova de balas para trabalhar.
A verba faz parte de um montante de R$ 1,2 bilhão prometidos em março pelo
governo Temer, que chegaram no fim de maio à Secretaria de Administração do
GIF.
O uso dessa verba é monitorado pelo Tribunal de Contas da União que, apesar de
ter autorizado a realização de compras emergenciais, recomendou ao interventor
que optasse por adquirir os equipamentos por meio de processos de licitação.
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compra de equipamentos Também serão comprados mais de 1 milhão de munições de diferentes calibres,
268 mil fardas e uniformes, 7.000 kits de proteção para tropas de controle de
distúrbios urbanos e 65 itens de materiais para salvamentos e socorro médico.As compras incluem ainda 46 equipamentos para a polícia técnica, tais como
analisadores de DNA, scanner tridimensional de cena de crime e sistema
automatizado de identificação de impressões digitais.
Também fazem parte das licitações contratos para manutenção de veículos
blindados (pois muitos estavam parados por falta de manutenção) e 190 itens e
peças que serão usados para colocar em funcionamento carros de polícia que
estavam parados.
Segundo o GIF, as licitações estão em "adiantado estágio" na fase de detalhamento
de especificações técnicas dos equipamentos, pesquisas de preços e pareceres
jurídicos. Elas devem passar nas próximas semanas para a "fase externa", quando
empresas privadas concorrem para fornecer as armas e os equipamentos pelo
menor preço.
O general Laelio Andrade, especialista
em logística do Exército e chefe da
Secretaria de Administração do GIF,
criou um órgão para acelerar o
processo de especificações e
detalhamento da fase interna das
licitações. Segundo ele, a ideia é
reduzir o tempo médio de uma
licitação, que nesse setor é de cerca
de seis meses. Parte das licitações
atuais começou entre abril e maio.
Mesmo assim, as compras não devem
chegar imediatamente às policiais
devido à necessidade de cumprir todas
as etapas do processo licitatório.
Alguns itens podem chegar
somente ao fim do período de intervenção federal ou mesmo nos primeiros
seis meses do ano que vem.
Mas os interventores dizem esperar que os materiais sejam um legado para o
próximo governo do Rio. A estratégia da intervenção também inclui mudanças na
gestão das polícias, treinamento e reestruturação de procedimentos e cadeias de comando.
fonte:https://noticias.uol.com.br
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